Banquete fúngico



Fluía férreo rubro à têmpora exposta,
O plasma que escorria morno na epiderme,
Era o flagelo de meu corpo inerme,
Calafrio que a voz da morte imposta,

As bactérias numa horda posta,
Jantar minhas sobras é seu novo cerne,
Entranhas estas que empanturram o verme,
Atrás do odor da carne decomposta,

Vísceras, fibras, órgãos putrefatos,
Banquete às cobras, baratas, fungos e ratos,
A inexistência me parece lógica,

Com a a absorção dos poliglutamatos,
Enquanto engolem meus carboidratos:
Sirvo, enfim, à ordem biológica!
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*Autor do blog Sonetando. É jornalista em Porto Velho, Rondônia, desde 2007. Em 2010, passou a integrar a equipe do jornal eletrônico Rondônia Dinâmica onde está até hoje atuando em várias frentes. Entre os principais encargos, edita a coluna 'Visão Periférica' e é responsável pela seção RD Entrevista. 

Contato: viniciuscanova89@gmail.com
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Blog voltado à publicação de textos, especialmente poesias, crônicas e contos. Espaço aberto a autores até então anônimos; amadores; profissionais e até famosos.
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Porto Velho, RO – 29/06/2017

Vinicius Canova


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